A nota do presidente regional do PCdoB no Maranhão, Gerson Pinheiro, em resposta aos ataques do deputado Roberto Rocha contra o discurso de Flávio Dino após a eleição é de um equívoco desmesurado.
No fundamental, a manifestação do partido trata de acomodar os ânimos pós-eleição ao redor do governo de Jackson Lago. Qual tipo de discussão política se propõe a um governo que marca pontos rumo à direita e à recém criada oligarquia.
Soa a puro fisiologismo de quem quer manter os cargos na administração estadual a qualquer custo, quando elogia o governo afirmando que o “PCdoB ajudou a construir a vitória da Frente de Libertação, participa do governo Jackson Lago e integra um movimento renovador da política em âmbito nacional e local”. Embora a nota resgate o momento político de 2006, deixa de contextualizar a mudança ocorrida no perfil do governo Jackson. Desde quando apoiar, a partir do uso da máquina do governo, a campanha difamatória e fascista de João Castelo contra Flávio Dino coloca o governador Jackson Lago no panteão de renovadores da política do Maranhão?
O que se espera das lideranças de esquerda, no momento, é respeitar a enorme responsabilidade que os quase 214 mil eleitores de São Luís depositaram nas urnas, apoiando o discurso do novo, da mudança pra valer, contra um governo que optou por consolidar as práticas do atraso e se transformar num poço de conservadorismo.
O Sr. Gerson Pinheiro age como se a campanha de Flávio Dino tivesse sido de brincadeira. Caso desce certo... Mas, caso a derrota se confirmasse, a volta às hostes governistas estaria garantida com um papelucho deste que representa a nota publicada.
Os passos seguintes a conduzir a luta política da esquerda do Maranhão, devem levar em conta o conteúdo do discurso de Dino, proferido no Curso Aprovação em 26 de outubro último, que demarcou um posicionamento de oposição ao governo atual, ao PSDB de João Castelo e seus asseclas, pois como diz a nota “a votação dada a Flávio Dino o credencia a liderar, sim, a oposição de forma responsável, civilizada, democrática, propositiva.” E isso só é possível fora do governo e longe do fisiologismo.
6 comentários:
Caro Celijon
Não considero um equivoco a nota assinada pelo Gerson, o que eu considero é demorada uma discussão com as bases sobre a manutenção do PT e do PCdoB no Governo. Do PT eu particularmente acho que dificilmente sairemos do governo, vide a Posição do Dep Domingos Dutra.
AH falta adicionar o meu Blogue
http://bloguedoanselmoraposo.blogspot.com/
Me ajude a divulgar
Anselmo
Celijon,
Os espaços da política não mais representam os ideiais de partidos, e sim dos interesses de grupos, estamos em uma nova era de atuação de partidos, movimentos e interesses, e olha que a infidelidade partidária é passível de perda do mandato.
Até breve,
João de Barros
CORREÇÃO DO ENDEREÇO DO USUÁRIO
Celijon,
Os espaços da política não mais representam os ideiais de partidos, e sim dos interesses de grupos, estamos em uma nova era de atuação de partidos, movimentos e interesses, e olha que a infidelidade partidária é passível de perda do mandato.
Até breve,
João de Barros
Joãozinho,
Eu não desisto da idéia classica da política - das "res-pública". A política cuida da coisa pública.
A coisa pública pode e deve ser disputada pelas atores políticos, pelos grupos e classes.
O que ocorre é que a política tem sido implementada como um negócio privado da apropriação do público. A força de econômico só faz amplificar esses resultados. Acaba sendo uma apropriação privada do público. São grupos de pressão muito específicos que na maioria das vezes defende o interesse de no máximo 10 cidadãos. E dá nisso.
Ou quem pensa contrariamente a essa realidade age para mudar, ou jaz.
Sem falsos idealismo, mas com princípios.
Obrigado!
ler todo o blog, muito bom
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