domingo, 18 de outubro de 2009

OITICICANA



sem parangolés nem patrões
que a chama apenas se extinga
no mau cheiro da carne tórrida.
desvão da arte comida
que comove
mar de gente
um vergonhoso fogo amigo
que não suporta mais o tempo.


(poesia dedicada a Hélio Oiticica.)

2 comentários:

Érico Cordeiro disse...

É, Seu Mr. Compadre,
Tocaram fogo, literalmente, na obra do Oiticica.
Uma injustiça poética para alguém que passou a vida tentando incendiar o nosso cenário cultural.
Parangolés em chamas, desfilando pelas ruas do Rio de janeiro.
Um carnaval antropofágico, uma anti-instalação, um anticomputador sentimental.

Sergio disse...

O q vcs ñ sabem é q no tempo da Faculdade, frequentei ge-ral aquele casarão no JB. E era só mulecada irresponsável de 20 e poucos anos. Nunca me esqueço de uma moldura enorme - pq o quadro estava virado para a parede - dando mole na sala. E a mulecada da esquadrilha da fumaça queimando todas!... Enfim, nesses bons 4 ou 5 anos o nosso parque Oiticica de Diversão se manteve intacto, com todas as festas que desorganizava-se por lá. Jamais aconteceu um acidente. E foi acontecer essa tragédia logo quando tudo estava calmo, o Cezinha, filho do irmão Hélio, um homem feito, e agora um ambiente tranqüilo e para lá de família. Como diria o velho deitado, Deus protege os bêbados, (os 'baueiros') e as criancinhas...

Seu Celijon, o sr não vai conferir o som das minhas amigas da Orquestra Lunar?

Abraços!