quinta-feira, 30 de outubro de 2008

O EQUÍVOCO DE GERSON PINHEIRO


A nota do presidente regional do PCdoB no Maranhão, Gerson Pinheiro, em resposta aos ataques do deputado Roberto Rocha contra o discurso de Flávio Dino após a eleição é de um equívoco desmesurado.
No fundamental, a manifestação do partido trata de acomodar os ânimos pós-eleição ao redor do governo de Jackson Lago. Qual tipo de discussão política se propõe a um governo que marca pontos rumo à direita e à recém criada oligarquia.
Soa a puro fisiologismo de quem quer manter os cargos na administração estadual a qualquer custo, quando elogia o governo afirmando que o “PCdoB ajudou a construir a vitória da Frente de Libertação, participa do governo Jackson Lago e integra um movimento renovador da política em âmbito nacional e local”. Embora a nota resgate o momento político de 2006, deixa de contextualizar a mudança ocorrida no perfil do governo Jackson. Desde quando apoiar, a partir do uso da máquina do governo, a campanha difamatória e fascista de João Castelo contra Flávio Dino coloca o governador Jackson Lago no panteão de renovadores da política do Maranhão?
O que se espera das lideranças de esquerda, no momento, é respeitar a enorme responsabilidade que os quase 214 mil eleitores de São Luís depositaram nas urnas, apoiando o discurso do novo, da mudança pra valer, contra um governo que optou por consolidar as práticas do atraso e se transformar num poço de conservadorismo.
O Sr. Gerson Pinheiro age como se a campanha de Flávio Dino tivesse sido de brincadeira. Caso desce certo... Mas, caso a derrota se confirmasse, a volta às hostes governistas estaria garantida com um papelucho deste que representa a nota publicada.
Os passos seguintes a conduzir a luta política da esquerda do Maranhão, devem levar em conta o conteúdo do discurso de Dino, proferido no Curso Aprovação em 26 de outubro último, que demarcou um posicionamento de oposição ao governo atual, ao PSDB de João Castelo e seus asseclas, pois como diz a nota “a votação dada a Flávio Dino o credencia a liderar, sim, a oposição de forma responsável, civilizada, democrática, propositiva.” E isso só é possível fora do governo e longe do fisiologismo.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

ROBERTO ROCHA REVELA O CONSERVADORISMO TUCANO



Em nota distribuída hoje à imprensa local, o deputado tucano, Roberto Rocha, tenta desqualificar o emocionado e equilibrado discurso proferido por Flávio Dino, no Colégio Aprovação, ainda na noite de 26 de outubro último. Dirigido aos cidadãos de São Luís e em especial a militância de sua campanha, Flávio identificou, de modo certeiro, o PSDB e PDT - a nova oligarquia no poder no Maranhão - com o atraso a que a esquerda maranhense combaterá na disputa pelo poder político no Maranhão.
A nota explicita, antes de tudo, a posição conservadora do PSDB e faz marabalismo para tentar a vincular a imagem de Flávio Dino ao grupo de Sarney, numa clara manobra que visa desconstruir a força e o cacife políticos com que Flávio Dino emergiu das urnas mesmo sendo derrotado no segundo turno. Esse é o primeiro movimento na luta pela sucessão de 2010.
A propósito disso, cabe a análise para que os dados políticos não fiquem soltos e os maranhenses acabem por cair em arapucas.
Com efeito, o PSDB é sim vinculado ao atraso na política brasileira e nela se posiciona à direita. A nível nacional, foi o principal articulador da defesa exacerbada do livre mercado que engendrou a atual crise financeira mundial. Tentou implantar no Brasil o estado mínimo com a privatização desenfreada e direcionada, pra dizer o mínimo (vide o modelo tortuoso implantado no setor de telefonia em consórcio ao Opportunity de Daniel Dantas, sabidamente um esperto gatuno).É bom não esquecer que as mesmas autoridades monetárias do mundo, idolatradas pelos tucanos, faziam até bem pouco tempo juras divinas ao Deus Mercado e agora são unânimes em requerer a intervenção do Estado para socorrer o sistema capitalista. Socializam-se dessa forma as perdas de banqueiros e empresas para os cidadãos do planeta pagar a conta.
Além disso, aqui no Maranhão, o PSDB representa o atraso ultradireitista, obviamente, como ficou evidente pela campanha eleitoral suja que patrocinou, pois as práticas fascistas da mentira, do boato, da violência e do uso escabroso da máquina pública e da compra de votos para vencer a eleição, colocam-no na era do coronelismo oligarca. É isso que representam João Castelo e Jackson Lago para nossa política. É o "Coronelismo, Enxada e Voto" do célebre livro de Vitor Nunes Leal e que deve ser combatido frontalmente. São muito velhos sim e assemelham-se ao vitorinismo e ao sarneismo, quiçá em versão piorada, dado o maniqueísmo fascista que adotam como regra. Já era o jackismo sem dúvida que se ensaiava a partir 1988, quando foi pela primeira vez prefeito da cidade.
E só ser a alternativa para mudar esse quadro de imundice, já qualifica a esquerda como a melhor opção moderna e includente socialmente para a política no Maranhão. Não dá para compará-la ao lodo podre que o grupo de Jackson e Castelo vem espalhando na política por aqui. Nesse sentido, o deputado Roberto Rocha só pode ser o futuro do passado.
O Maranhão precisa urgentemente livrar-se do tempo arruinado dessa conjugação verbal sob pena de continuar a afundar-se no atraso econômico e distanciar-se cada vez mais da geração dos direitos de cidadania ao povo.

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

OS 50 ANOS DA BOSSA NOVA E A RIBALTA DA NOVA POLÍTICA NO MARANHÃO

Estamos comemorando, em 2008, os 50 anos da Bossa Nova. Sem se configurar num movimento em si, a bossa nova mudou o modo de se fazer música no Brasil e influenciou o mundo afora. Juntaram-se nela o melhor de nosso samba com um tanto do fraseado jazzístico e outras sonoridades mais para gerar uma música com toques de sofisticação e beleza totalmente inéditas por estas terras.
As dissonâncias de seus arranjos, a criação da batida perfeita de violão por João Gilberto, que estava àquela época obcecado em criar uma nova maneira de se expressar com o violão, reinventando desta forma o samba, além da influência da modernidade da música clássica de Villa-Lobos e Debussy, principalmente, sobre Tom Jobim, assim como os temas do apartamento, da praia e do mar, característicos de sua primeira fase e que eram recorrentes nas composições de Vinícius de Moraes, Roberto Menescal em parceria com Ronaldo Bôscoli e Marcos Valle. É desse caldo cultural que emergiu a superação do estilo de música até então vigente: os boleros e os sambas-canções. E haja “dor-de-cotovelo”, os amores desfeitos, (Ninguém me ama, ninguém me quer...), temas preferidos dos compositores da turma do Vilarino. Tudo isso era característico da era do samba-canção, cujas músicas, também de grande beleza, elegiam, não raro, temas de sofrimento, geralmente ambientados em boate, regados a enormes goladas de uísque. A música de boate cedeu espaço dessa forma para o apartamento e o mar. Mudou, por assim dizer, a paisagem da música brasileira, tornando-se mais arejada e diurna. Aquela geração gostava mesmo da luz e da praia e, assim, mandaram vestir os pijamas de uma só vez, Antonio Maria, Fernando Lobo, Dolores Duran, etc.
No entanto, a bossa nova influenciou muito mais na vida social brasileira do que apenas forma de compor canção. Foi e é um verdadeiro sucesso até hoje. Influenciou tanto que tudo que se respirava com ar de moderno na época era tachada de bossa nova, porque era bom ser bossanovista.
Com efeito, é pelos idos dos finais dos anos 1950 que o Brasil apresentava uma maior robustez no avanço de sua incipiente industrialização. No esporte, o escrete canarinho sagra-se campeão mundial na Copa da Suécia e na política segue firme nosso presidente bossa nova, Juscelino Kubitschek, embora musicalmente este preferisse a moda caipira à sofisticação dos arranjos de turma da bossa. Nosso presidente não era, portanto, tão bossa nova assim. No entanto, os investimentos andavam a toda, correndo solto no país, mesmo que sob o signo da emissão inflacionária de moeda. Mas isso é conversa para outra hora. O que importa aqui é que o colosso de Brasília já estava se erguendo sob a batuta de Oscar Niemeyer , Lúcio Costa e Burle Marx e não sei quantos milhares de candangos a emprestar suor e muita disposição física. O Brasil respirava modernidade e quase toda a sociedade avançava.
Eu disse quase. Pois, sempre há alguém para destoar do compasso.
Para o país como todo esses anos significaram crescimento econômico, o reconhecimento da superioridade estética da bossa nova, conquistando o mundo a partir do show do Carnegie Hall, em Nova Iorque, em 1962 e, além disso, a política evoluíra como nunca, corporificada na figura atraente e moderna do presidente bossa nova, Juscelino.
Mas, enquanto se começava a colocar os primeiros concretos da construção da moderna Brasília, no Maranhão, esse estado de efusão criativa jamais se viveu, tanto na música quanto em qualquer segmento da vida social e principalmente na política. Desenvolvimento econômico por aqui? Vivíamos o ocaso do parque de indústrias com base na economia têxtil e o fechamento de inúmeras dessas fábricas já se registrava. Já estávamos nesse tempo em outro bonde da história, procurando nossa turma. Politicamente é que era o duro mesmo.
Estávamos nos anos 50 sob a égide do ranço da batuta do vitorinismo e a única coisa boa que nos legou foi a figura do deputado carioca Luís Fernando Freire, o Lula Freire, filho de Vitorino e autor de belíssimas composições da bossa nova. Seguramente, uns dos grandes nomes do gênero. Tirando isso, foi só sofrimento e judiação para os maranhenses.
Êpa! Eis que surge, na metade da década dos 60, o Novo Maranhão com José Sarney querendo modernizar tudo. Bom, depois de quarenta anos de comando político e algumas parcas realizações importantes, a coisa mais moderna que nos legou foi colocar o Maranhão no ranking como o penúltimo IDH (índice de desenvolvimento humano) do país. O moderno ficou, por assim dizer, por conta da nova nomenclatura que seu deu para pobreza, desemprego, pouca e baixa qualidades da educação, habitação, o escambau e tudo que é mazela que grudou nos maranhenses por toda essa era, como se fosse um verdadeiro encosto. Isso tudo passou a chamar-se abaixo IDH e ficou chique falar. É claro que no meio da confusão deu para algumas poucas famílias endinheirar-se com as coisas do erário. Após o bastão de Sarney praticamente se quebrar, pôs-se mais do mesmo no lugar. E estamos conversados.
Mas a bossa nova parece que não desiste. E, como lobo bobo, ainda quer nos aplicar seu axioma de modernidade de qualquer jeito. É muito alvissareiro que a celebração de seus 50 anos coincidam com disputa eleitoral da prefeitura de São Luís. Eis que no limiar de novos dias já aponta nosso prefeito bossa nova (claro, uma vez esconjurado o velho do atraso). E mesmo que sua eleição não aconteça, já se tem um grande vencedor político que é a esquerda maranhense que se confirma como grupo político capaz de articular de disputar o poder no Estado. A novidade que se configura é a possibilidade real de ruptura política com proposta de esquerda includente, indicando a discussão do novo. Também é a inclusão na cena política maranhense pela porta da frente de novos atores com forte vinculação aos movimentos da sociedade civil organizada, prometendo superar o discurso atrasado e maniqueísta do que se é contra ou a favor de qualquer oligarquia de ocasião. Êpa! Isso é realmente bossa nova. Superar essa falsa questão política é incluir nossa modernização na agenda do dia e redesenhar o mapa político do Estado. O problema é que ser bossa nova também é ser cool e infelizmente ainda tem muita gente, mesmo de esquerda, que torce o nariz para qualquer coisa que suscite leveza e elegância.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

O GUIZO NO GATO


Os eventos de violência praticados hoje por partidários de João Castelo contra os militantes de Flávio Dino na Avenida Beira Mar estabelece um marco na disputa eleitoral e põe às claras as atitudes de desespero que têm caracterizado a ação dos Castelistas na última semana.
Os eleitores de nossa cidade, com certeza, não endossarão a sordidez com que a campanha de CASTELO vem sendo conduzida. No final, a razão prevalecerá ante tamanho engodo e embuste. CASTELO vem desrespeitando durante toda a campanha e de modo mais inverossímil possível a FLÁVIO DINO e à inteligência dos cidadãos ludovicenses. São mentiras acintosas que são lançadas aos ventos fascistas. Quando Flávio o atacou, CASTELO disse que era mentira. FLÁVIO, então, mostrou as notas taquigráficas de discurso em que CASTELO xingava o presidente LULA. Tudo verdade.
Mas CASTELO não tem o mesmo caráter. Suas calúnias jamais são provadas; seja por ele ou por quem quer que seja. Sua campanha vive da infâmia e difamação. O ensinamento popular já revela: mentira tem pernas curtas e quem vive na mentira um dia é descoberto. Seus militantes ao apedrejarem o comitê de FLÁVIO DINO, revelaram a verdadeira natureza de sua candidatura: regida pelo preconceito, é traiçoeira, truculenta e violenta. Na mentira , constrói seu ardil com dissimulação e arrogância. Ao fazê-lo, botaram mesmo foi o guizo no gato.
Todo esse comportamento atroz já é conhecido de décadas. A virulência e raiva são usadas por Castelo contra a população e seus adversários para obter seus intentos pela intimidação, sejam eles estudantes ou trabalhadores do campo ou da cidade, como no passado, ou agora contra o candidato da Unidade Popular.
Como disse, nossos eleitores não chancelarão vil comportamento. Elegerão FLÁVIO DINO prefeito de São Luís não apenas por este ter as melhores propostas para cidade, mas, principalmente, pela atitude respeitosa e equilibrada com que tratou a população, mesmo quando foi difamado por CASTELO durante a campanha.
É assim que a cidade espera que se faça política. A era das trevas não pode ser ressuscitada sob pena de mau agouro.
Já foi dito: só a verdade nos liberta e, por isso, Castelo nunca mais!

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

NOITE DE ORGANZA



A noite mais fria do ano fez quando foste embora. Mal conseguiu dormir, semi-acordando de hora em hora como se a te buscar nas memórias. Ora a mão tateando cada extremidade do lençol que congelava no frio do quarto, ora debatendo-se contra teu corpo que só na sua imaginação existia.
Sonâmbulo, ainda, acordou e sentiu teu cheiro a recender no espaço. Aquilo lhe invadiu as narinas, produzindo um olor inebriante de saudade e trouxe à tona todos os gestos dos quais eram felizes cúmplices. E teus fluidos de suor ainda impregnavam as cobertas e também as roupas mínimas tuas que se foram ficando esquecidas pela cama e em todo quarto, espalhando-se por sua vida, como a se avivar a tua constante presença só naquela aparente desordem.
Disserte, então, de forma incompreensível, que só por isso irias embora. E estava feito e acabado. Irremediável. Então, acordou de sobressalto e suado, como quem acorda de um sonho estranho e pesado e viu que tudo era verdade. Na memória tudo era confuso e ficou sem saber o resto do dia o que ocorrera ao seu redor, de certo. E não compreendia nada, nem vírgula, ou como abreviar tua pausa. Tua distância. A ausência anunciada. Já tinha então decidido e não tinha mais jeito.
O relógio despertou de repente e lembrou do trabalho. Aliviou-se. Tomou banho e escovou dentes como de hábito. Serviu-se café e leu os jornais do dia. Pôs-se na ordem do dia.

Nessa segunda-feira, o compromisso é com a história.


Mais um round da disputa eleitoral para prefeitura de São Luís foi vivido hoje.
No tempo certo, o programa de TV de Flávio Dino, exibido hoje, deixou claro para a população de São Luís todas as chagas políticas que perseguem a biografia política do Sr. João Castelo. Relembrou sua vinculação à ditadura militar e, no nascedouro, ao clã Sarney, do qual inclusive é compadre. Fez refrescar, assim, a memória do eleitor ao lembrar sua indicação biônica ao governo do estado por Sarney e sua má gestão à frente do governo estadual, corroborada na prefeitura de São Luís pela mão de sua esposa Gardênia Gonçalves. Denunciou sua vinculação ao malufismo, bem como a sustentação política que deu aos governos Collor e Fernando Henrique Cardoso e até mesmo a última eleição presidencial, quando apoiou Alckmin e fez oposição sistemática ao governo Lula ao ser Deputado Federal a partir de 2002.
Ressaltou desta forma que Castelo sempre esteve na retaguarda e contra o povo, sendo sua carreira um fracasso administrativo. No contraponto entre as biografias, ficou evidenciado o perfil de Flávio Dino como homem amadurecido no embate da luta dos trabalhadores e determinado a semear a justiça como um bem de todos. Demonstrou que Flávio está com Lula e Castelo não. Refutou todos boatos e mentiras panfletárias que a candidatura de tucano Castelo veiculou ao longo da campanha, colocando a imagem de João Castelo no lugar merecido: a lama, emporcalhado pelos inúmeros processos que responde e pelas dívidas que não paga.Tudo isso foi dito sem resvalar à baixaria, mantendo-se à altura da verdade irrefutável porque o fez sustentado em fatos.
Honrou-nos, assim, sua presença no programa mantendo a política em nível elevado, mas, principalmente, tendo fidelidade à história da política maranhense.João Castelo não merecia sair dessa campanha eleitoral com a imagem de um produto embalado e perfumado. Quanto a isso o marketing não faz milagre: ou o produto é bom por suas qualidades ou não será consumido. No caso em questão, ficou evidente que Castelo não as possui e não merece dessa forma o apoio da maioria do eleitorado.
Um choque de realidade era por demais necessário e bem-vindo. Que venha o debate do dia 24 de outubro! Será que Castelo terá coragem?

domingo, 19 de outubro de 2008

A esquerda ludovicense contra o jacksismo*


O governador Jackson Logo, ao apoiar a candidatura da direita reacionária (Castelo), dá um corte enviesado na sua biografia política que até então se colocava na luta pelo avanço da democracia em nosso estado. Converte-se, assim, como o mais novo projeto de oligarquia no Maranhão - agora, em associação com João Castelo, dissidente da oligarquia dos Sarney que dominou a política maranhense nas últimas quatro décadas.
No nosso Maranhão, os políticos têm devoção à formação de oligarquias. Não há rupturas, mas o seu recrudescimento em novos nomes. Jackson Lago é apenas o mais recente desse pretexto oligarca e isso já era evidente quando assumiu a prefeitura de São Luís pela primeira vez no final dos anos 1980. Ali pôs em prática o enriquecimento de seus amigos, vide os Teles. E esse foi o verdadeiro sentido que o "socialismo moreno" adotou por aqui: a distribuição da renda pela adição de mais uma família rica no estado. Por todo os critérios de análise, isso é mera concentração da renda e em nada difere da política praticada por Sarney.
Impõe-se, assim, como necessidade inadiável a superação desse arcaísmo político pela substituição do modo oligarca por formas de gerir o político com fortalecimento das ações dos partidos políticos e pela inclusão pela porta da frente dos movimentos sociais organizados.
É exatamente para ruptura objetiva desse nó górdio histórico - a forma oligarca como a prevalência de gerir e comandar o poder em nosso estado desde o último século (vide vitorinismo, sarneismo e, agora, o jacksismo) - que a candidatura de Flávio Dino vem-se contrapor e oferecer a novidade à política local.
Pela primeira vez na história maranhense, uma candidatura profundamente de esquerda tem a oportunidade de pôr em prática novas formas de estabelecer relações políticas diferenciadas das convencionais e de dar efetividade às políticas públicas que beneficiem diretamente a maioria da população, indo muito além das promovidas pelos atores oligarcas já conhecidas, a saber: fisiologismo, clientelismo, patrimonialismo, cooptação da massa e o personalismo.
Flávio Dino representa, portanto, avanço a tudo isso e por esta razão vem sendo perseguido e difamado pela ação mais violenta que a nova oligarquia perpetrou para conseguir seu intento de perpetua-se no poder. Trata-se, pois, de quebrar a profissão de fé da oligarquia. De libertar a nossa capacidade de fazer política.
A dita “neutralidade” política do governador Jackson Lago, nesta eleição municipal, está no escopo da campanha política difamatória de João Castelo. Mais um ato de surdina próprio a quem despreza opinião pública. Longe de transparecer um ato de estadista, revela todas as máscaras do atraso e seu compromisso com este.
Flávio Dino é um grande risco para eles por demonstrar grande poder de articulação política de esquerda e na sociedade civil organizada local e nacionalmente. Eis o grande medo que os Catelistas têm. E esse medo remete-os a mostrar sua face truculenta, arrogante, desleal e criminosa.
Tudo em conformidade com o clássico repertório político da direita raivosa, preconceituosa e fascista, que usa a propaganda para desvirtuar a imagem de seu oponente, quando todo o conceito da propaganda em si é subjacente a seus atos na vida política. Isso é história e já deveria estar sendo ensinado em nossas escolas como forma de garantir que esse modo de portar-se politicamente fosse alijado definitivamente da nossa sociedade.
Mas, a população de São Luís percebe claramente essas diferenças e saberá mostrar sua voz em favor do novo que bate a nossa porta.
Que venha o dia 26 de outubro!

*Celijon Ramos
Economista