quando te apaixonares por mim
apaixona-te pelos meus olhos tristonhos
que não cansam de ver-te
azul em cada esquina
e por cada passo do qual emergirá
meu desatento andar
vagar a te buscar
no meio sem-fim
amor
apaixona-te pois
pelo meu coração
que te guardou
ainda agora intacto
qual pele da flor
apaixona-te pela maciez da minha pele
que ainda retém furor de teu calor
e a cada toque meu a vibrar
qual corda violão sem par
apaixona-te mesmo pelo meu riso largo
pois hoje nasceu
abrigo tranqüilo.
Tempos presentes (“Mãos dadas”) – Carlos Drummond de Andrade
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*imagem gerada por IA*
*Tempos presentes (“Mãos dadas”) – Carlos Drummond de Andrade*
*Não serei o poeta de um mundo caduco*
*Também não cantarei o m...
Há 6 dias
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