quarta-feira, 5 de agosto de 2009

MANINHO QUADROS NO JAZZ DA GEMA


Maninho Quadros
O Jazz da Gema recebe MANINHO QUADROS & BANDA no sábado (8), mas é o publico que se agraciará com um presente do tamanho da música de Maninho Quadros.
O artista está na estrada desde 1981 e já participou de momentos importantes da música maranhense e de outros estados, seja como sideman ou como protagonista.
É grande a lista de músicos que Maninho já acompanhou, fato que realça a excelente qualidade técnica do instrumentista. Mas, por já ter tido o privilégio de ouvi-lo tocar bem de pertinho, prefiro chamar atenção pa
ra a execução primorosa, sinuosa, mas limpa, que Maninho produz na sua guitarra.
Maninho Quadros
O que se evidência desse toque, sutil quando pertinente e enérgico quando necessário, é a influência direta de Wes Montgomery. A comparação não é exagerada, principalmente, pela importância que Wes tem para o desenvolvimento da guitarra no jazz. Basta ficar atento a que Maninho toca para se perceber claramente sua filiação ao grande mestre. Vale a pena ouvir as linhas melódicas que o guitarrista desenvolve com tanta fluidez.
O artista será acompanhado por sua banda (saxofone, bateria e contrabaixo) e apresentará temas de jazz, entretanto, também prometeu rearranjar canções da bossa nova que serão interpretadas ao seu modo. Ou seja, com muito improviso, transformando outros estilos em puro jazz.

Texto: Celijon Ramos

SERVIÇO

O QUÊ: Projeto Jazz Da Gema recebe MANINHO QUADROS & BANDA
QUANDO: Sábado (08/08), às 22h.ONDE: Bar e Restaurante Da Gema (Av. dos Holandeses, Ponta do Farol)
Informações: Pelo telefone (98) 32353588








11 comentários:

Anônimo disse...

Grande Celijon!

Ontem (05) foi um dia atabalhoado, cansativo nas atividades do trabalho,..., mas à noite de surpresa agradabilíssima: conhecer pessoas super bacanas, maravilhosas.

Sob o manto do luar familiares e amigos reunidos numa simples comemoração, repito, simplicidade também humildade, mas de notável profundidade e aquilatada a cada conversa e idéia compartilhada - e sorvida por mim, como atentou nossa amiga.

É um grande prazer conhecer, finalmente, o grande Celijon! Obrigado por receber-me como um irmão, senti-me acolhido e agraciado por todos.

Abraços, e até o Jazz Da Gema.

Eddmorphe

ricarte disse...

Celijon,

mais uma bela pedida do Jazz da Gema. Esse cara é fera.
Bola pra frente, irmão. Só me informa até amnhã quem será o da semana seguinte pra eu anunciar domingo.
abração
ricarte.

Rita Cardoso disse...

belo texto, meu amor!
agora já sei quem vai prefaciar meu livro um dia, não é mesmo??
boa noite de jazz pra vcs!!
beijo...te amo!

Celijon Ramos disse...

Eddmorphe, obrigado por suas palavras generosas. Foi um prazer conhecê-lo. Espero que nos encontremos mais vezes para conversarmos. Minha casa está a sua espera. Nos vemos no jazz da gema.

Um abraço!

Ricarte, te liguei tanto ontem. Teu celular tava com algum problema? Era pra te vir pro meu aniversário. O show do Jazz da Gema de 15/08 vai ser com a Mila Camões e Quinteto Bom Tom. Me ajude na divulgação, por favor.
Olha o jazz está començando por volta das 22:30h. Dá uma
passadinha lá depois do clube do choro.

Um abração, cracão!

Rita, meu amor quanta honra será prefaciar esse livro. Suas poesias são lindas e de grande valor literário. Aproveite e atualize seu blog e nos alimente com sua verve. Sabe, tô com saudades de ti.

Um beijo!

Érico Cordeiro disse...

É isso aí, compadre.
Bola prá frente. E em outubro: tchan, tchan, tchan, tchan....
E não deu prá gente ir no teu aniversário - se a gente sai num dia, no outro complica - ainda bem que eu te dei um abração logo na meia-noite!!!!
Beijão.

figbatera disse...

Parabéns (atrasado) pelo aniversário!
E esse moço deve ser "fera" mesmo; conta como foi o show.

Celijon Ramos disse...

Obrigado,querido Fig pelos parabéns. A comemoração foi forte a bessa.
O Maninho é grande guitarrista, mas te confesso que fiquei desapontado com o show. Ao contrário do que lhe havia solicitado, Maninho não conseguiu me apresentar uma formação à altura do jazz. Não é que os músicos que o acompanhram sejam ruins ( afora o baterista que é fenomenal ) apenas tocam outro estilo que não o jazz. Fiquei uma fera. Fazer o quê: primeiro percalço de minha recém carreira de produtor. Pelo menos deu pra aprender. O show do próximo sábado vai ser o bicho! Espero que consiguamos trazer a ti ao Salsa a São Luís para participar do Jazz da Gema.
Desculpe a demora, estava adoentado.

Um abração!

Celijon Ramos disse...

Errata: consigamos

Maninho Quadros disse...

Só hoje vim agradecer ao público e ao Celijon pela oportunidade de expressar a nossa música neste projeto...
Quanto ao vosso comentário Celijon sobre o seu desencanto com a nossa música, venho lembrá-lo de que desde o começo do seu desenvolvimento, no início do século XX, o Jazz produziu uma grande variedade de subgêneros, como o Dixieland (década de 1910) o Swing das Big bands (de 1930 e 1940), o Bebop (de meados da década de 1940), o Jazz latino (de 1950 e 60) e o Fusion (de 1970 e 1980). Devido à sua divulgação mundial, o Jazz se adaptou a muitos estilos musicais locais, obtendo assim uma grande variedade melódica, harmônica e rítmica.
No Brasil não é reconhecido explicitamente músicos/vertentes exclusivas de jazz mas, possuimos seguidores do estilo que o adaptam a nossa Brasilidade. O Jazz aqui sofre uma adaptação e improvisação aplaudida no mundo, divulgando de uma nova forma os nossos ritmos: samba, bossa nova, mpb, choro, xaxado, maracatu, baião e tantos outros.
Se assim não ocorresse ele estaria aqui indo na contramão da principal característica deste estilo: respeito e culto a multiplicidade de estilos locais adaptados a reconhecidos e elaborados estilos universais.
O Jazz se adaptou e se adapta até hoje a muitos estilos musicais locais, obtendo assim uma grande variedade melódica, harmônica e rítmica.
Neste sentido, o jazz produzido por mim, Maninho Quadros, está impregnado pelos ritmos maranhenses e brasileiros, mantendo assim a coerência com a essência desta proposta musical e acrescentando mais uma vez como tantos o fizeram e fazem originalidade e expressividade única, somadas a uma técnica instrumental (guitarra e voz) já reconhecida nacionalmente que exercito diaria e arduamente, em respeito a importância que dou ao público e à música produzida por mim e meus colegas de profissão.
Com certeza, com o tempo, irás compreender e gostar da intencionalidade maranhense realizada por este vosso amigo junto ao jazz... assim, como todo o público de nossa terra...como já começa a ocorrer com o público de outras regiões deste país. Abraços...

Celijon Ramos disse...

Maninho, quanto sua capacidade de executar de uma forma jazzistica não há a menor dúvida. E isto está claro no meu comentário; mas outra coisa que ficou evidente no show é que a formação que você apresentou está longe de fazer jazz,que é coisa totalmente diferente do que tocar bem. Embora seja verdade que jazz seja produto da evolução, o que envolve a participação de outras culturas como a nossa, a oriental, etc, é muito mais verdade que apesar disso o jazz tem uma forma própria expressão músical, não redundando daí que, por saber tocar um instrumento, coloque qualquer músico de chofre na qualificação para tocar jazz, mesmo em se trantando grandes instrumentistas.Simplesmente, não é a linguagem pela qual prefira se expressar.
No caso do show, faltou apresentar músicos que se preocupassem em como tocar jazz e faltou, principalmente, ensaiá-los, havendo o tempo necessário para tanto.

Unknown disse...

Bem meu querido, não há como aprofundar este rico debate no Blog... claro que quanto mais tempo ensaiamos, dedicamos e tocamos juntos mais perto da maestria chegaremos... neste ponto concordamos... e o caminho do jazz é um ir e vir em experimentações ilimitadas... veja o exemplo do jazz de fusão...
A meu ver sempre haverá falta de ensaio, de espaço e compreensão no jazz brasileiro... em primeira instância o músico brasileiro não tem nem os seus direitos básicos garantidos e corre dia-a-dia de trocados... em segundo lugar o fato de não nos contentarmos com sermos copistas dos grandes nomes do jazz, o que definitivamente não é fazer jazz, já que ele se define pela originalidade de cada músico e vertente, não faz parte de nossa proposta musical... nos EUA, aonde esta música despontou e impera, os iniciantes, os mestres e até os curiosos dividem os palcos e é esta postura de formação contínua, que faz a renovação contínua deste padrão tão peculiar e pertinente por inserir técnica apurada com respeito a cultura e rebeldia local. O jazz não envelhece por permitir a inovação contínua... vemos hoje o jazz misturando-se a música eletrônica e as novas linguagens jovens. Havemos de transformar os espaços maranhenses de jazz para que se tornem este celeiro musical... acredito que a música como oriunda de seu povo, é um bem que a ele pertence e cabe a todos nós apoiar o seu despontamento...
Esperamos poder criar novos momentos de experimentações ímpares e que o teu projeto venha fazer parte do BOSSA CRIOLA, legítima criação maranhense de uma forma as vezes jazzisticas as vezes popular de cantar e tocar a nossa cultura, apresentando=a ao nosso público, músicos e agitadores sociais como é o vosso caso...
abraços...